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Golpe Militar em 2022: O quanto isso quase se tornou real?

Na última quinta-feira, a Polícia Federal desencadeou a Operação Tempus Veritatis, revelando uma suposta trama para “abolir o Estado Democrático de Direito” no Brasil durante a transição de 2022 para 2023. A ação jogou luz sobre membros de alto escalão das Forças Armadas e seu envolvimento em um possível golpe militar.

Entre os investigados, destacam-se o ex-comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-comandante-geral da Marinha, almirante Almir Garnier Santos. A PF alega que a conspiração visava manter Jair Bolsonaro na presidência. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Documentos revelam a existência de uma minuta, apresentada ao presidente Bolsonaro em novembro de 2022, propondo a prisão de autoridades e a convocação de novas eleições. O texto, discutido pela alta cúpula militar, evidencia o quão próximo o Brasil esteve de um golpe de Estado.

Para João Roberto Martins, professor da Ufscar, os indícios indicam que “estivemos muito perto de um golpe”, sugerindo que o Alto Comando do Exército teria rejeitado a iniciativa. Francisco Teixeira da Silva, da UFRJ, destaca um “risco muito grande” e uma possível mudança estratégica de uma conspiração “pelo alto” para uma “por baixo”, envolvendo mobilização popular.

A reação de Bolsonaro foi negar qualquer articulação golpista, chamando a operação de perseguição implacável. Aliados, como o senador Hamilton Mourão, criticaram a suposta “supressão da oposição política”.

Se confirmadas as acusações, os militares podem ser julgados pela Justiça Militar e comum. Carlos Fico, professor da UFRJ, destaca que a Justiça Militar terá o dever de cassar patentes se a condenação na Justiça comum ultrapassar dois anos.

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