Com a proximidade da celebração da Páscoa, os consumidores estão se deparando com uma variedade de opções de ovos de chocolate. No entanto, neste ano, um aumento surpreendente nos preços está levando muitos a explorar alternativas além dos tradicionais ovos encontrados nos supermercados.
Entre essas alternativas, destacam-se os ovos de chocolate de luxo, que chegam a custar mais que um salário mínimo, com preços superiores a R$ 4 mil. Um exemplo impressionante é o ovo de Páscoa Au Lait, da renomada chocolateria paulista Chocolat du Jour, que não apenas se destaca pelo seu valor estimado em R$ 4.500, mas também pelo seu tamanho de 5 kg.
Saiba mais sobre a empresa
O ovo de Páscoa Au Lait apresenta uma casca elaborada com chocolate ao leite de 45% de cacau, recheada com pequenos ovos, rodelas, coelhos e cenouras de chocolate, proporcionando uma experiência de indulgência única aos seus consumidores.
Fundada em 1987 na cidade de São Paulo, a Chocolat du Jour tem como missão produzir chocolates frescos à moda europeia no Brasil, seguindo a filosofia “bean to bar” (do grão à barra), que envolve o controle de todas as etapas da produção, desde a colheita do cacau até a finalização do produto.
Aumento nos ovos de páscoa
Entretanto, o aumento nos preços dos ovos de chocolate não se limita apenas aos produtos de luxo. Em 2024, os consumidores estão enfrentando um aumento significativo nos preços dos ovos de Páscoa, com uma elevação de 10,33% em comparação com anos anteriores, de acordo com dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Dentre os fatores que contribuíram para esse aumento estão a alta demanda, os custos de produção, a escassez de matéria-prima e os impactos econômicos da pandemia.
Além disso, desde outubro de 2023, o mercado do cacau tem enfrentado uma sequência preocupante de altas nos preços, com a tonelada do fruto saltando de US$ 4.162 para US$ 9.649, representando uma alta de 231%.
Essa escalada nos preços do cacau é atribuída às mudanças climáticas adversas, especialmente os eventos conhecidos como “La Niña” e “El Niño”, que perturbaram o ciclo de chuvas essenciais para a produção de cacau na Costa do Marfim e em Gana, os maiores produtores globais.