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Revelado o perfil dos MEI’s: Média de idade ultrapassa 40 anos

O panorama econômico brasileiro vem testemunhando uma significativa transformação nos últimos anos, marcada pelo crescimento exponencial do número de microempreendedores individuais (MEIs) no país. 

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registra atualmente um total de 13,2 milhões de trabalhadores enquadrados nesse regime tributário, representando um aumento notável em relação aos 9,2 milhões contabilizados em 2019, antes dos impactos da pandemia.

O estudo, intitulado “Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais”, lançado nesta quarta-feira pelo IBGE, oferece uma análise detalhada do perfil desses empreendedores, revelando insights valiosos sobre o cenário econômico atual. 

Mais do que meros números, os dados refletem uma realidade na qual os MEIs desempenham um papel cada vez mais relevante no tecido empresarial brasileiro.

De acordo com a pesquisa, os MEIs já representam uma fatia significativa do total de empresas em atividade no Brasil, alcançando a marca de sete em cada dez empreendimentos. 

Além disso, esses trabalhadores por conta própria respondem por 19,2% do total de ocupados formais no país, destacando-se como uma força expressiva no mercado de trabalho.

Perfil dos MEI’s no Brasil

De acordo com os dados levantados, os MEIs são predominantemente homens, representando 53,3% do total, enquanto que 47,6% se identificam como pertencentes à cor ou raça branca. A idade média dos MEIs é de 40,7 anos, com uma ligeira diferença entre os sexos, sendo as mulheres um pouco mais velhas, com média de 40,8 anos, em comparação com os homens, que têm média de 40,6 anos.

A pesquisa também revelou que a grande maioria dos MEIs, cerca de 86,7%, não possui formação superior, evidenciando que muitos encontram no empreendedorismo uma alternativa viável mesmo sem uma educação formal avançada. 

No entanto, aqueles com nível superior têm um histórico de remuneração superior, ganhando quase o dobro do que os MEIs sem essa formação quando estavam empregados com carteira assinada.

Empreendedores nas empresas

Outro dado interessante é que um terço dos MEIs já trabalhou em empresas de grande porte antes de se aventurar como empreendedor individual. 

Além disso, 38% deles realizam suas atividades diretamente de suas residências, demonstrando a importância do ambiente doméstico como espaço de trabalho para muitos empreendedores.

Embora muitos MEIs tenham migrado do mercado formal de trabalho para o empreendedorismo, quase 15% ainda mantêm alguma forma de atividade no mercado formal. 

Empreendedorismo nas grandes cidades

Ademais, a pesquisa revela que a transição para o empreendedorismo muitas vezes é precedida por uma experiência prévia considerável, com a maioria dos MEIs tendo um vínculo prévio e levando em média 2,3 anos até abrir seu próprio empreendimento.

Uma análise regional dos dados mostra que os estados mais populosos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, também abrigam o maior número de MEIs. 

Surpreendentemente, embora São Paulo tenha o maior número absoluto de MEIs, é o estado do Rio de Janeiro que se destaca pela alta representatividade dessa modalidade na força de trabalho, com quase um terço dos trabalhadores formais sendo MEIs.

Para Thiego Ferreira, do IBGE, esses números podem refletir tanto características estruturais dos estados quanto uma resposta às demandas do mercado de trabalho local. 

Enquanto São Paulo e o Distrito Federal são marcados por uma forte presença de empresas formais, o Rio de Janeiro pode estar vendo no empreendedorismo uma solução para as necessidades de ocupação e prestação de serviços terceirizados.

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