Acionistas do Banco do Brasil recebem notícia de última hora sobre desdobramento dos papéis
Os acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) foram surpreendidos com uma notícia de última hora: o banco recebeu autorização do Banco Central do Brasil para realizar um novo desdobramento de ações. A decisão foi tomada em uma Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 2 de fevereiro de 2024.
De acordo com o comunicado oficial, cada ação emitida receberá uma nova ação do Banco do Brasil, sem que haja qualquer mudança no patrimônio da instituição ou na participação dos investidores. Com isso, o capital social da empresa será dividido em 5,73 bilhões de ações ordinárias escriturais e sem valor nominal.
O desdobramento está previsto para acontecer em relação à data-base de 15 de abril de 2024. A partir do dia 16 de abril do mesmo ano, os papéis do Banco do Brasil já serão negociados na bolsa de valores refletindo esse split.
A notícia do desdobramento veio acompanhada de análises e projeções por parte de instituições financeiras. O Santander, por exemplo, divulgou um relatório mantendo a recomendação de compra para a ação BBAS3. O banco estabeleceu um novo preço-alvo de R$ 85, um aumento de 13,33% em relação ao preço-alvo anterior de R$ 75.
Se o novo preço-alvo se concretizar, os papéis do Banco do Brasil teriam uma valorização significativa de 51%, considerando a cotação recente da empresa na bolsa, que estava em R$ 56.
O otimismo do Santander em relação às ações do Banco do Brasil é justificado pela perspectiva de um lucro líquido superior às estimativas anteriores, bem como por um custo de capital próprio inferior. Os analistas destacam que, apesar do risco político por ser uma empresa estatal, há um potencial de valorização no valuation do banco, citando um ROE de 22% em 2023 comparado a um múltiplo P/VPA de 0,84x.
Para os acionistas, essa notícia traz perspectivas positivas e pode influenciar as decisões de investimento no curto e médio prazo.