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Patrão pagava funcionários com pedras de craque no Rio Grande do Sul

Trabalhadores em condições degradantes foram resgatados em uma operação policial na cidade de Taquara, região metropolitana de Porto Alegre, RS. A Polícia Civil prendeu cinco pessoas, sendo quatro por mandados de prisão preventiva e uma em flagrante por exploração de trabalho escravo.

Os três homens resgatados revelaram que não recebiam dinheiro pelo trabalho na pedreira clandestina, mas sim pedras de crack. Viviam em condições precárias, sem higiene e infraestrutura adequadas, segundo o delegado Valeriano Garcia Neto, responsável pela operação.

A ação, denominada “Pó de Pedra”, teve início no final do ano anterior. Em fases anteriores, uma mulher foi presa com grande quantidade de drogas e um homem, foragido da Justiça. Cinco dos sete alvos da operação têm ligação direta com a extração, venda e transporte de pedras grés, utilizadas em construções diversas.

O objetivo da operação vai além da prisão dos envolvidos com o tráfico de drogas. Visa também desmantelar uma quadrilha que submetia trabalhadores a condições análogas à escravidão, pagando-os com entorpecentes.

A prática foi descoberta após seis meses de investigação. Agora, a polícia seguirá cumprindo outros mandados de busca e prisões preventivas relacionados ao caso.

Os trabalhadores resgatados foram encaminhados ao serviço social da prefeitura de Taquara, sem terem suas identidades reveladas.

O caso choca pela exploração humana, e revela uma face sombria das relações trabalhistas em alguns setores da sociedade. A continuidade das investigações é crucial para garantir a punição dos responsáveis e a proteção dos trabalhadores em situação de vulnerabilidade.

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