Alimentos ultraprocessados aumentam os riscos de morte: 6 mortes por hora são registradas no Brasil
O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e álcool tem gerado um impacto alarmante no Sistema Único de Saúde (SUS), com custos que atingem R$ 28 bilhões ao ano. Estudo da Fiocruz revela que a alimentação inadequada é responsável por milhares de atendimentos médicos, sendo responsável por cerca de 57 mil mortes prematuras em 2019, ou seja, seis mortes por hora no país.
O levantamento aponta que os gastos diretos com o tratamento de doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão, resultantes do consumo de ultraprocessados, chegam a R$ 933,5 milhões por ano. Quando considerados os custos indiretos, como aposentadorias precoces e licenças médicas, o total sobe para R$ 10,4 bilhões. Já o alcoolismo gera um custo de R$ 18,8 bilhões anuais.
ONGs como a ACT Promoção da Saúde defendem a implementação de “impostos seletivos” sobre esses produtos. A proposta visa aumentar o custo de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas, estimulando escolhas mais saudáveis e gerando recursos para o financiamento de tratamentos no SUS.
A arrecadação seria investida em programas de saúde pública, com o objetivo de reduzir, a longo prazo, os custos relacionados ao consumo desses produtos. Além disso, estima-se que a medida contribua para a diminuição dos índices de mortalidade precoce, principalmente entre homens, que são mais afetados.
O Brasil também enfrenta uma crescente taxa de obesidade, com 43,6% da população de Florianópolis diagnosticada com a doença, refletindo o aumento global no número de casos.
Esses dados ressaltam a urgência de ações para combater o consumo excessivo de ultraprocessados e seus impactos na saúde pública.