Aposentadoria especial e seguir trabalhando ao mesmo tempo? Veja se é possível
Estar ativo no mercado de trabalho após a aposentadoria é uma realidade para muitos brasileiros que veem sua renda previdenciária insuficiente para garantir o sustento. Contudo, surge o dilema entre a necessidade de aumentar a renda e o receio de ter o benefício cortado.
Diante desse cenário, a pergunta que paira é: é possível continuar trabalhando mesmo recebendo aposentadoria especial? Em geral, a resposta é afirmativa, desde que a atividade não envolva condições insalubres ou perigosas. Vamos explorar mais detalhes sobre esse tema crucial.
O que é a aposentadoria especial?
A aposentadoria especial é um benefício concedido pelo INSS a trabalhadores expostos a condições que podem prejudicar sua saúde e integridade física.
Isso inclui exposição a agentes químicos, físicos e biológicos, bem como extremo calor, frio, ruído e riscos inerentes às atividades laborais.
Um dos diferenciais desse tipo de aposentadoria é o menor tempo de contribuição necessário ao INSS, variando de 15, 20 ou 25 anos, dependendo dos agentes aos quais o trabalhador foi exposto.
Quem tem direito à aposentadoria especial?
Antes de 1995, bastava comprovar a atuação em determinadas profissões, como saúde, bombeiros, metalúrgicos e telefonistas, por um período específico.
Atualmente, o direito à aposentadoria especial está vinculado à comprovação de exposição a agentes prejudiciais à saúde, mantendo a mesma contagem de anos de contribuição.
Aposentado especial pode continuar trabalhando?
Sim, é possível para o aposentado especial continuar trabalhando, desde que a atividade não envolva condições insalubres ou perigosas. Em outras palavras, o segurado pode desempenhar atividades comuns, desde que não haja contato com agentes prejudiciais.
Contudo, é crucial ponderar antes de tomar qualquer decisão. Optar por retornar ou continuar em atividades especiais resulta no cancelamento automático da aposentadoria especial, privando o trabalhador do benefício do INSS e limitando a receita ao salário referente à nova atividade.
Assim, embora o impulso de continuar ativo seja compreensível, é fundamental considerar o impacto financeiro antes de arriscar a estabilidade proporcionada pela aposentadoria especial.