Nos dias escaldantes, o ar-condicionado torna-se o fiel aliado dos motoristas nas cidades castigadas pelo calor abrasador. A recente onda de altas temperaturas impulsionou seu uso nos veículos, suscitando questionamentos sobre seu impacto no consumo de combustível.
Contrariando a crença popular, estudos revelam que o uso do ar-condicionado na potência máxima não gera um aumento significativo no consumo de combustível. Pedro Luiz Scopino, mecânico e proprietário da Auto Mecânica Scopino, esclarece que o acionamento do compressor do ar-condicionado não está diretamente ligado à velocidade ou à temperatura selecionada. O funcionamento do sistema é independente desses fatores, minimizando o impacto no consumo de combustível.
Quando o sistema é ativado, o compressor movimenta seu eixo por meio de uma polia eletromagnética. Surpreendentemente, a resistência gerada na polia é constante, independentemente do nível de ventilação escolhido no interior do veículo. Isso sugere que o aumento do consumo de combustível não está correlacionado ao nível de ventilação do ar-condicionado.
É importante ressaltar que a intensidade do vento é controlada por um ventilador elétrico, não pelo compressor, e a temperatura é regulada pela quantidade de água no circuito, ambos fatores não associados diretamente ao funcionamento do compressor do ar-condicionado.
Além disso, a possibilidade de adaptação do ar-condicionado em automóveis que não o possuem de fábrica é uma realidade. Embora esse processo não seja simples ou econômico, pode proporcionar mais conforto e qualidade de vida ao condutor, especialmente em períodos de altas temperaturas.