Banco Central cobra educação financeira por parte das instituições bancárias
O Banco Central (BC) está implementando novas medidas para enfrentar o crescente problema do endividamento no Brasil. Em julho, a Resolução Conjunta nº 8/2023 entrou em vigor, exigindo que bancos e instituições financeiras promovam ações efetivas de educação financeira. Esta decisão vem em resposta a dados alarmantes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Fecomercio-SP, que revelaram que 78,5% das famílias brasileiras estão endividadas, com 28,8% enfrentando dívidas em atraso e 11,9% incapazes de quitá-las.
A resolução estabelece que a educação financeira deve ser ética, transparente e personalizada, com foco em prevenir o superendividamento e a inadimplência. Os bancos são obrigados a criar mecanismos de acompanhamento e controle, além de nomear um diretor responsável por coordenar essas iniciativas.
Alessandra Kirsten, gerente de soluções do Banco do Brasil, enfatiza a importância da educação financeira na transformação da realidade econômica dos clientes, destacando sua capacidade de melhorar a tomada de decisões e promover uma gestão financeira sustentável. Flávia Krieger, CEO da Me Poupe!, reforça que os bancos têm um papel crucial na inclusão financeira e devem assumir a responsabilidade pelo letramento financeiro da população.
Para cumprir as novas exigências, o Banco do Brasil lançou iniciativas como a plataforma digital “Rolê que Rende”, voltada para jovens, e o portal “InvesTalk”, que visa simplificar questões financeiras. Além disso, o banco introduziu uma nova Política Específica de Educação Financeira em seu site e oferece diversas ferramentas de apoio financeiro em seu aplicativo.
Essas medidas têm como objetivo capacitar os brasileiros para uma gestão financeira mais eficaz e reduzir os níveis de endividamento no país.