Banco popular no Brasil todo teve rombo bilionário descoberto e acabou sendo fechado
Na história do setor bancário brasileiro, diversas instituições marcaram época e deixaram legados importantes. Porém, nem todas conseguiram manter-se de pé frente aos desafios econômicos. Um desses casos emblemáticos foi o do Banco Cruzeiro do Sul, uma entidade que, por um tempo, desempenhou um papel relevante no mercado nacional, comparável aos grandes como o Itaú nos dias de hoje.
Fundado em agosto de 1988 pela empresa Cruzeiro DTVM do Grupo Pullman, que também era dono do grupo Pão Americano, o Banco Cruzeiro do Sul começou timidamente, mas logo se destacou graças a uma gestão focada e inovadora. Em seu apogeu, na década de 90, conseguiu uma nomeação prestigiosa como agente financeiro do BNDES, o que alavancou sua posição no mercado financeiro brasileiro.
Qual foi o auge do Banco Cruzeiro do Sul?
Em meados de 1994, o Banco Cruzeiro do Sul viveu o seu período mais próspero. A nomeação pelo BNDES permitiu que se envolvesse ativamente no desenvolvimento nacional, ofertando empréstimos para capital de giro e investimentos para diversas empresas. Esse movimento não apenas impulsionou a economia, como solidificou a reputação do banco no cenário econômico brasileiro.
Quando o Banco Cruzeiro do Sul encontrou dificuldades?
Apesar da prosperidade nos anos 90, o início do século XXI trouxe desafios cruciais. Em 2003, o banco expandiu suas operações para a intermediação de compra e venda de títulos pós-fixados entre o Banco Central e o mercado, o que inicialmente pareceu ser mais um passo rumo ao sucesso. Contudo, a situação começou a deteriorar-se rapidamente quando, em 2012, descobriu-se um déficit bilionário nas contas do banco.
Como o Banco Cruzeiro do Sul terminou?
A revelação do rombo de R$ 1,3 bilhão, junto com um patrimônio líquido negativo de R$ 150 milhões, levou o Banco Central a decretar a liquidação extrajudicial do Cruzeiro do Sul em 14 de setembro de 2012. A falência foi inevitável e oficialmente declarada em 2015, encerrando de forma sombria a trajetória de um banco que, até então, tinha sido um símbolo de crescimento e inovação no Brasil.