Banco tradicional, famoso no Brasil inteiro, fechou as portas e deixou clientes a ver navios
O Banco Nacional, instituição financeira icônica fundada em 1944 e conhecida por seu marketing inovador com Ayrton Senna e o Jornal Nacional da Globo, encerrou suas atividades em 1995 após uma trajetória marcada por altos e baixos. Apesar de ter conquistado grande popularidade, o banco não resistiu a uma série de escândalos e dívidas bilionárias que culminaram na sua falência decretada pelo Banco Central.
Nos anos que antecederam sua queda, o Banco Nacional enfrentou uma intervenção do Banco Central em 1988, seguida por acusações de fraude em 1997 envolvendo seu controlador, Marcos Magalhães Pinto. O escândalo expôs práticas irregulares e comprometeu severamente a reputação da instituição.
Após a falência, seus ativos foram adquiridos pelo Unibanco, enquanto os passivos foram assumidos pelo Banco Central. Anos mais tarde, em 2024, o BTG Pactual anunciou um acordo para adquirir os ativos remanescentes do Banco Nacional em liquidação extrajudicial. A operação está sujeita à aprovação regulatória, incluindo o Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
O BTG Pactual planeja utilizar os ativos adquiridos para recuperar créditos inadimplidos, como créditos tributários e títulos do Tesouro, reafirmando sua estratégia na área de Special Situations.
Assim, a história do Banco Nacional não apenas reflete a ascensão meteórica e a popularidade alcançada por suas estratégias de marketing pioneiras, mas também os desafios e escândalos que eventualmente levaram à sua queda, deixando um legado de lições no setor financeiro brasileiro.