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Bancos físicos passaram a usar Inteligência Artificial? Seu dinheiro corre risco?

A Febraban Tech, em São Paulo, foi palco de um encontro de líderes renomados no setor de tecnologia e finanças. Dora Kaufman, professora do Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP; Eder Lima, head digital e experience do Bradesco; e Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, compartilharam suas visões sobre o impacto da inteligência artificial (IA) na tomada de decisões bancárias.

Os especialistas convergiram na opinião de que a IA não veio para substituir, mas sim para ampliar a capacidade humana. Kaufman ressaltou a importância dos processos de auditoria para mitigar riscos nas instituições financeiras, destacando que, apesar dos avanços, o fator subjetivo continua relevante no desenvolvimento tecnológico.

Como a IA pode ajudar os bancos?

A professora da PUC enfatizou o papel da IA como um dos únicos modelos capazes de lidar com grandes volumes de dados. 

Empresas líderes, como big techs e instituições financeiras, possuem uma vantagem significativa, pois geram suas próprias informações, enquanto empresas menores precisam ser cautelosas ao lidar com dados de terceiros.

Eder Lima, do Bradesco, destacou a necessidade da curadoria humana no desenvolvimento de ferramentas de IA. 

Ele exemplificou como a tecnologia tem personalizado a relação com os clientes, adaptando-se aos seus perfis e dados coletados, proporcionando uma experiência mais precisa e eficiente.

Contrariando a tendência de supervalorizar a IA, Kaufman alertou para a importância de os usuários gestores da tecnologia possuírem conhecimento básico sobre IA. 

Essa compreensão é vital na gestão de riscos, exigindo uma mudança cultural e atualizações nos processos internos das instituições financeiras.

Tecnologia centrada no ser humano

Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, destacou o desafio de engajamento multicanal enfrentado pelos bancos na implementação da IA. Ela enfatizou a necessidade de construir tecnologia centrada no humano para promover a inclusão. 

Para Cosentino, os desafios são numerosos, mas as oportunidades proporcionadas pela IA incluem a redução de custos, aumento da satisfação do cliente e a diminuição da burocracia.

Cosentino ilustrou como a biometria por voz pode aprimorar a experiência do usuário, aumentando a segurança em relação ao uso de senhas.

A presidente da Microsoft Brasil ressaltou a importância de interfaces intuitivas e fluidas, concluindo que “a IA está aqui para ajudar o humano e transformar dados em insights”.

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