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Bioplástico extraído da cana de açúcar: Como ele pode contribuir no resgate de áreas degradadas?

Um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), publicado na revista Nature Communications, aponta que o Brasil tem potencial para se tornar líder na produção de bioplástico derivado da cana-de-açúcar. O bioplástico, que pode substituir o plástico convencional, apresenta benefícios ambientais significativos, como a recuperação de áreas degradadas e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O estudo revelou que há 3,5 milhões de hectares de áreas degradadas no Brasil disponíveis para o plantio de cana, sem causar danos à biodiversidade local. Essas áreas, distribuídas principalmente no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, podem ser utilizadas sem impacto ambiental, desde que a plantação não afete ecossistemas nativos.

Além disso, o estudo sugere que o uso de áreas de pastagem degradada pode expandir a produção para até 22 milhões de hectares, com impactos positivos no estoque de carbono, recursos hídricos e biodiversidade. O plantio da cana em solos degradados por erosão, por exemplo, contribui para a recuperação da fertilidade do solo e o aumento do estoque de carbono.

A cana-de-açúcar foi escolhida por sua alta produtividade, superando outras culturas, como a soja, em termos de toneladas produzidas por hectare. Sua utilização para a produção de bioplástico também pode diminuir as emissões de carbono na atmosfera, oferecendo uma alternativa mais sustentável ao plástico derivado do petróleo.

A pesquisa ainda enfatiza a importância da reciclagem química para o descarte do bioplástico, garantindo que ele seja reutilizado sem gerar impacto ambiental, ao contrário dos plásticos convencionais.

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