O McDonald’s enfrenta um revés significativo, registrando sua primeira perda trimestral de vendas em quase quatro anos, e o culpado parece ser o boicote dos clientes devido ao suposto apoio da empresa a Israel durante a guerra em Gaza.
A cadeia de fast-food revelou que o conflito Israel-Hamas impactou suas operações, causando uma queda de aproximadamente 4% nas ações da empresa na bolsa americana. O diretor da empresa admitiu o impacto do boicote, atribuindo-o à “desinformação” do público sobre as políticas do McDonald’s.
A situação é parte de uma tendência mais ampla, onde várias empresas ocidentais, incluindo Starbucks e Coca-Cola, enfrentam boicotes e protestos de ativistas anti-israelenses.
O impacto nas vendas foi sentido principalmente em mercados estrangeiros, com o crescimento das vendas no Oriente Médio, China e Índia limitado a 0,7% no quarto trimestre de 2023, muito abaixo das expectativas do mercado. A Malásia, Indonésia e França foram particularmente afetadas, com o Oriente Médio liderando as perdas.
Proprietários de franquias em países muçulmanos, como Kuwait, Malásia e Paquistão, divulgaram declarações distanciando-se da marca devido às ações em Israel. O presidente-executivo, Chris Kempczinski, classificou essas reações como “desanimadoras e infundadas” e culpou a “desinformação”.
Enquanto o McDonald’s enfrenta o boicote, o grupo pró-palestino Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) oficialmente pediu um boicote à marca, após um processo na Malásia relacionado a declarações “falsas e difamatórias”.
Em meio a essas dificuldades, o McDonald’s destacou seu compromisso em apoiar comunidades locais e expressou solidariedade com as famílias afetadas pelo conflito em Gaza. No entanto, o desafio persiste, e a empresa agora enfrenta a pressão do BDS e a repercussão do boicote em seus resultados globais, apesar de resultados financeiros positivos no Brasil.