A arrecadação federal do Brasil atingiu R$ 203,169 bilhões em setembro de 2024, o maior valor registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995. A Receita Federal divulgou os dados nesta terça-feira (22.out.2024), destacando um crescimento de 11,61% em termos reais em comparação ao mesmo mês de 2023.
As receitas administradas pela própria Receita Federal somaram R$ 196,6 bilhões, com alta real de 11,95% sobre setembro do ano anterior. Já as receitas geridas por outros órgãos totalizaram R$ 6,5 bilhões, um aumento de 2,23%.
Em comparação com agosto de 2024, quando a arrecadação foi de R$ 201,6 bilhões, o crescimento foi de 0,33% em termos reais. A maior contribuição veio do PIS-Pasep-Cofins, que gerou R$ 45,68 bilhões, um aumento de R$ 7,27 bilhões em relação a 2023, impulsionado pela volta da tributação sobre combustíveis.
A receita previdenciária também cresceu, somando R$ 54,49 bilhões, motivada pelo aumento da massa salarial. O Brasil alcançou um recorde no número de trabalhadores ocupados no trimestre encerrado em agosto.
A arrecadação de tributos do comércio exterior foi favorecida pelo aumento das importações. No Rio Grande do Sul, o governo arrecadou R$ 3,7 bilhões em impostos adiados devido às enchentes.
No acumulado de 2024, o governo arrecadou R$ 1,934 trilhão, o maior valor para o período de janeiro a setembro. Esse resultado positivo pode ajudar o governo a atingir a meta de deficit zero, embora o saldo negativo acumulado até agosto esteja próximo de R$ 100 bilhões.
A expectativa do mercado é de um deficit primário de R$ 63,83 bilhões até o final do ano, segundo o relatório Prisma Fiscal.