Brasil descobriu enorme reserva de petróleo: “Ela é o dobro do pré-sal”, diz Sacani
O geofísico e youtuber Sérgio Sacani revelou em entrevista no Irmãos Dias Podcast que o Brasil descobriu uma das maiores reservas de petróleo da história, localizada na Margem Equatorial. Segundo Sacani, essa reserva é o dobro do tamanho do pré-sal. Ele alertou para um potencial problema, dizendo: “Todo campo de petróleo tem uma curva de produção, tem o pico e depois começa a cair. O pré-sal vai entrar em depressão em 2027, se a gente não achar nada e começar a produzir vamos ficar com um buraco, aí vai ficar feia a situação, vamos ter que comprar petróleo e o preço pode disparar.”
As reservas da Margem Equatorial são vistas como a principal aposta da Petrobras para manter o nível de produção de petróleo a partir da década de 2030, além de serem cruciais para a descarbonização e segurança energética durante a transição para uma economia verde. O plano de negócios da Petrobras para o período de 2024 a 2028 estabelece investimentos de US$ 3,1 bilhões na região.
O Ibama concedeu autorização para a Petrobras realizar pesquisas em dois blocos na bacia Potiguar no final de setembro, com a estatal já iniciando perfurações para confirmar as reservas. No entanto, essa operação não está relacionada ao bloco FZA-M-59, localizado na Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, que ainda aguarda licença ambiental. Estudos internos da Petrobras indicam que esse bloco na Margem Equatorial tem o potencial de conter 5,6 bilhões de barris de óleo, o que representaria um aumento de 37% nas reservas brasileiras, atualmente estimadas em 14,8 bilhões de barris.
Sacani também destacou a importância econômica da Margem Equatorial, mencionando os significativos aumentos no PIB da Guiana Francesa e do Suriname devido ao petróleo. Ele apontou que a localização da Margem Equatorial brasileira, em frente ao estado do Amapá, traz desafios devido à proximidade com a foz do Rio Amazonas. “Só que tem a margem equatorial, que tem muito petróleo. O PIB da Guiana Francesa aumentou no último ano 62% por conta desse petróleo, o do Suriname 40 e tantos por cento. Na frente do estado do Amapá que está essa grande margem brasileira. O problema é que fica na frente da foz do Rio Amazonas”, completou Sacani.