A greve geral convocada na Argentina teve impactos significativos nos voos entre o país vizinho e o Brasil nesta quarta-feira (24). No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, o guichê de atendimento da principal companhia aérea argentina permaneceu vazio, deixando passageiros em situação de incerteza.
Apesar do aviso antecipado por SMS e e-mail sobre os cancelamentos, alguns viajantes compareceram ao terminal na esperança de embarcar.
Em meio aos transtornos, Emiliano, um turista argentino que se deslocou com a esposa e os filhos desde a cidade de Córdoba, localizada a quase 700 quilômetros da capital Buenos Aires, enfrentou a frustração de não conseguir prosseguir com seus planos de férias em Búzios, na Região dos Lagos.
Voos cancelados
No total, 38 voos foram cancelados no Brasil devido à paralisação na Argentina, sendo nove decolagens e onze pousos afetados somente no Aeroporto Internacional Tom Jobim. As rotas prejudicadas tinham origem ou destino nas cidades argentinas de Mendoza, Rosário, Córdoba e Buenos Aires.
No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, sete voos de chegada e onze de partida foram cancelados.
Procuradas para esclarecimentos, as companhias aéreas Gol, Latam e Aerolíneas Argentinas, responsáveis pelos voos afetados, garantiram que estão remarcando as viagens para outras datas, sem custos adicionais para os passageiros.
Greve geral na Argentina
A greve geral na Argentina foi convocada pela Confederação Geral do Trabalhador em dezembro do ano passado, em resposta às reformas econômicas e trabalhistas promovidas pelo presidente Javier Milei.
Os decretos presidenciais visam, inicialmente, desregular a economia para, posteriormente, revogar centenas de leis, além de modificar regulações relacionadas a planos de saúde e leis trabalhistas.
A paralisação deixou evidente a magnitude das repercussões não apenas no cenário doméstico, mas também nas relações e deslocamentos internacionais.