O relatório recém-divulgado “Global Market Outlook For Solar Power 2024 – 2028”, elaborado pela SolarPower Europe, colocou o Brasil em posição de destaque no cenário global de energia solar. Em 2023, o país se tornou o terceiro maior mercado mundial de energia solar, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil adicionou 15,4 gigawatts (GW) de potência pico da fonte solar fotovoltaica, representando cerca de 4% do mercado mundial no período.
O que dizem as pesquisas
Os dados incluem a somatória das grandes usinas solares e dos sistemas de geração própria solar de pequeno e médio portes, como telhados, fachadas de edifícios e pequenos terrenos.
A Absolar explica que o estudo da SolarPower Europe utiliza a unidade de potência pico (GWp), enquanto os dados brasileiros normalmente são divulgados em potência nominal instalada (GWac). Em 2023, foram adicionados cerca de 12 GWac de fonte solar no Brasil, correspondendo aos 15,4 GWp mencionados no relatório europeu.
Essa expansão coloca o Brasil em uma posição de destaque na geopolítica global de transição energética. A fonte solar é a segunda maior na matriz elétrica nacional, com 43 GW em operação e uma participação de 18,2%.
Fonte competitiva no Brasil
Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, afirma que a energia solar fotovoltaica é atualmente a fonte mais competitiva do país, promovendo desenvolvimento social, econômico e ambiental. “O crescimento acelerado da energia solar é uma tendência mundial, e o avanço brasileiro é destaque internacional. O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta e assume cada vez mais protagonismo na transição energética e combate ao aquecimento global”, diz Sauaia.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da Absolar, ressalta que a maior inserção da energia solar é fundamental para reforçar a economia e impulsionar a sustentabilidade. “A fonte solar é um verdadeiro motor de desenvolvimento sustentável, atraindo capital, gerando oportunidades de negócios, criando novos empregos verdes e ampliando a renda dos cidadãos.”