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Brasil não conseguiu entregar até hoje mais de 1/3 das obras da Copa de 2014

Dez anos após a Copa do Mundo no Brasil, mais de um terço das obras de mobilidade urbana prometidas para as cidades-sede do evento ainda não foram concluídas. De acordo com um levantamento feito pelo jornal O GLOBO, dos 75 projetos planejados, 46 foram finalizados, 21 abandonados, 3 entregues parcialmente e 5 estão em andamento. A maioria dos projetos não entregues inclui linhas de BRT e VLT.

Cidades como Manaus, Brasília e Cuiabá tiveram projetos de mobilidade urbana cancelados ou incompletos. Em Manaus, por exemplo, o BRT da prefeitura e o Monotrilho do governo estadual nunca saíram do papel. Disputas entre gestões, custos elevados e questões de desapropriação complicaram a implementação desses sistemas.

O caso de Cuiabá é emblemático. O projeto do VLT consumiu cerca de R$ 1 bilhão para 24 quilômetros de trilhos e foi abandonado. O governo do Mato Grosso optou por um BRT, que será concluído em 2025, enquanto os trens adquiridos para o VLT aguardam destino no aeroporto. Em Brasília, o VLT que ligaria o aeroporto à Asa Sul também ficou pelo caminho.

Outras cidades tiveram maior sucesso na entrega das obras. O Rio de Janeiro e Belo Horizonte conseguiram concluir todos os projetos prometidos para a Copa. No entanto, muitas obras em outras cidades se limitaram ao entorno dos estádios, como em Porto Alegre, onde os BRTs foram substituídos por alargamentos de avenidas e outras intervenções viárias.

Apesar dos avanços pontuais, a falta de transparência e a falta de planejamento foram problemas recorrentes. O último relatório de balanço do governo federal sobre os custos da Copa é de 2017, e o site de transparência da Controladoria-Geral da União saiu do ar em 2018. Especialistas afirmam que a Copa foi um potencial desperdiçado para a melhoria da mobilidade urbana no Brasil.

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