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Capital brasileira se supera e vira uma das primeiras cidades-esponjas do Brasil

O planejamento urbano é essencial para lidar com os efeitos das mudanças climáticas. Mais que uma ajuda para o meio ambiente, um planejamento urbano eficiente é capaz de melhorar também a economia das cidades e estados. Dessa forma, a ideia de “cidades-esponja” ganham força como uma solução eficaz na luta contra enchentes urbanas.

O Rio Grande do Sul foi palco recente de uma tragédia natural de níveis inimagináveis, essa tragédia serviu como um alerta doloroso sobre as consequências do aquecimento global. Para enfrentar esse problema, especialistas e autoridades buscam alternativas para mitigar os riscos.

O método de “cidade-esponja” surge como uma alternativa inteligente para grandes centros urbanos, com um planejamento hídrico com altas chances de eficácia, que consiste em aumentar as áreas verdes, para melhorar a drenagem e irrigação natural.

Origem do método

A ideia de “cidade-esponja” tem origem na China, na cidade de Jinhua, o conceito surgiu como resposta a enchentes frequentes causadas pela confluência de dois grandes rios. Inicialmente cercada por um grande muro para contenção das águas, a partir de 2013, a cidade transformou as áreas asfaltadas em parques, renaturalizou os rios e, assim, Jinhua se tornou referência mundial em gestão de águas pluviais.

No Brasil, a cidade de Curitiba é considerada pioneira desse modelo. Desde a década de 1970, a cidade investe em parques projetados para armazenar água da chuva, como o Parque Barigui.

Barigui é o maior da capital paranaense, ocupa 140 hectares e é essencial para prevenir enchentes em bairros ao seu redor. Exemplo disso foram fortes chuvas em outubro de 2023, em que o lago do parque transbordou, porém a água foi naturalmente absorvida pelo solo ao redor, evitando dano às áreas residenciais próximas.

Resultados positivos

Com tantos exemplos positivos, o modelo de “cidade-esponja” vai além dos parques. Inclui a reconcepção de ruas e a criação de espaços multifuncionais, como estacionamentos e praças que podem atuar como reservatórios de água em situações de chuva extrema. 

Ainda, a proteção das margens dos rios, classificadas como Áreas de Preservação Permanente pelo Código Florestal Brasileiro, é essencial para manter a integridade dos sistemas. 

Por fim, a adaptação às mudanças climáticas exige inovação e a reconfiguração do espaço urbano. Dessa forma, mostra que é possível transformar adversidades em oportunidades para criar cidades mais resilientes e sustentáveis. 

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