Como a eleição de Kamala ou Trump afetam a economia brasileira?
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro de 2024, despertam atenção global, especialmente no Brasil. Os candidatos, Kamala Harris e Donald Trump, apresentam propostas que podem impactar diretamente a economia brasileira.
Kamala Harris, nova candidata democrata após a desistência de Joe Biden, traz expectativas de uma gestão focada em políticas sociais e maior transferência de renda para os mais pobres. Essa abordagem poderia resultar em um crescimento do consumo e, consequentemente, pressões inflacionárias nos EUA, levando o Federal Reserve a elevar os juros. Um aumento nas taxas atrairia investimentos para o país, fortalecendo o dólar e potencialmente desvalorizando o real.
Por outro lado, Donald Trump, conhecido por suas políticas protecionistas, promete intensificar a guerra comercial contra a China. Essa postura pode afetar negativamente a balança comercial brasileira, uma vez que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. As restrições impostas a produtos chineses podem reduzir as exportações brasileiras e, ao mesmo tempo, aumentar a pressão sobre setores como aço e alumínio, essenciais para a economia nacional.
Os reflexos das políticas de ambos os candidatos também podem ser observados no Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira. Uma vitória de Kamala pode sinalizar um ambiente econômico mais estável, enquanto a continuidade de Trump poderia aumentar a volatilidade do mercado.
Em resumo, a escolha entre Kamala Harris e Donald Trump não é apenas uma questão interna dos EUA; suas decisões moldarão o futuro econômico do Brasil, influenciando a balança comercial, o valor do dólar e a atividade na bolsa de valores. As consequências serão sentidas globalmente, e o Brasil deve estar preparado para se adaptar a essas mudanças.