Como ficará o financiamento imobiliário em 2025? Caixa faz projeção
Existe uma expectativa crescente de que a taxa Selic pode subir nos próximos meses e muitos consumidores se perguntam se esse é o momento ideal para garantir um financiamento imobiliário. A possível elevação dos juros básicos da economia brasileira poderia encarecer os empréstimos, já que o aumento no custo do dinheiro dos bancos tende a ser repassado para os clientes.
Desse modo, a Caixa Econômica Federal, responsável por cerca de 70% do crédito para compra da casa própria no Brasil, apresentou sinais mistos na última quinta-feira (22). Conforme Marcos Brasiliano, vice-presidente de finanças da Caixa, a instituição não prevê mudanças nas taxas de financiamento de imóveis mais populares adquiridos com recursos do FGTS.
Estes financiamentos estão em torno de 8% ao ano. Ainda, atendem famílias com renda de até R4 8 mil mensais e incluem imóveis do programa Minha Casa Minha Vida.
Financiamentos com a poupança
Financiamentos que utilizam recursos da poupança podem enfrentar uma situação diferente. Segundo Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa, embora o banco tenha mantido as taxas ao redor de 10% mesmo com uma Selic mais alta nos últimos anos, desafios permanecem.
Dessa forma, a queda na captação de poupança, agravada pelas mudanças nos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e nas regras de depósitos compulsórios, pode pressionar os custos dos financiamentos.
Pensando nesse cenário, a Caixa busca alternativas, incluindo negociações com o governo e Banco Central, para aumentar o volume de recursos disponíveis e manter as taxas competitivas. A expectativa é de conceder cerca de R$ 70 bilhões de empréstimos imobiliários em 2025, mesmo valor projetado para 2024.
Por fim, segundo Magalhães, o principal desafio da Caixa no ano seguinte, será equilibrar a oferta de crédito com as condições de mercado.