A recente valorização do dólar em relação ao real, que ultrapassou 32% desde janeiro de 2020, destaca a complexidade na definição do preço da moeda americana. O valor do dólar é determinado pela oferta e demanda no mercado, com o Banco Central do Brasil desempenhando um papel fundamental na regulação e intervenção quando necessário. Essa dinâmica reflete fatores como déficit comercial, taxas de juros internacionais e a percepção de risco-país.
A definição da taxa de câmbio do dólar é baseada na lei da oferta e da demanda. Quando a procura por dólares supera a oferta, o preço sobe; o contrário também é verdadeiro. No Brasil, a política de câmbio flutuante adotada desde 1999 permite que o valor da moeda seja determinado sem intervenção direta do governo.
O Banco Central (BCB) desempenha um papel crucial na regulamentação do mercado de câmbio. Ele supervisiona a venda de dólares, publica a taxa oficial Ptax e pode intervir para estabilizar a moeda em situações de crise, como observado durante a pandemia. Entre março e outubro de 2020, o BCB leiloou US$ 23,4 bilhões para conter a alta do dólar.
Vários fatores influenciam o preço do dólar. Um déficit comercial, onde as importações superam as exportações, reduz a oferta de dólares e aumenta seu valor. Gastos de brasileiros no exterior e a taxa de juros nos EUA também contribuem para a alta do dólar. Por outro lado, um superávit comercial e gastos de estrangeiros no Brasil podem fortalecer o real.
Outras influências incluem o risco-país e o rating soberano, que afetam a atratividade do Brasil para investidores internacionais. A percepção de risco e a classificação de crédito do país impactam a entrada e saída de dólares.
Para proteger seus investimentos em um cenário de alta volatilidade, considerar a diversificação com ativos internacionais e fundos cambiais pode ser uma estratégia eficaz.