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De morador em lixão a fundador de banco comunitário digital: Entenda como funciona o Banco Palmas

Joaquim Melo é o fundador do Banco Palmas, o primeiro banco comunitário do Brasil. Em 1998, teve início a experiência de um banco comunitário e de uma moeda social em circulação no País. Desde então, 25 anos depois, há 182 bancos comunitários operando no Brasil, sendo mais de 50% concentrados no Nordeste.

A Rede Brasileira de Bancos Comunitários (RBBC) organiza essas instituições que desempenham um papel crucial para a economia de diversas comunidades carentes do país. Encabeçando a RBBC, Joaquim Melo, educador popular e líder comunitário, ajudou na criação do Banco Palmas, fundado em janeiro de 1998 no Conjunto Palmeiras, um bairro periférico de Fortaleza.

O Primeiro Banco Comunitário do Brasil

Em entrevista ao Terra, Joaquim Melo revelou a inspiração para a criação do banco, que veio de uma experiência desafiadora de quando morou em um lixão, a 2km do Conjunto Palmeiras. Melo lembra que mesmo como seminarista, sempre teve o desejo de trabalhar com pessoas em situação de rua. Em 1994, ele morou com catadores de resíduos sólidos, e essa vivência o motivou a ajudar os mais pobres, originando a ideia de criar o Banco Palmas.

Como Funciona o Banco Palmas?

De morador de lixão a banco comunitário, Joaquim Melo, autor de dois livros, sendo o mais recente ‘As moedas sociais do Brasil’ (2010), explica que a ideia inicial era fomentar o comércio local. 

A iniciativa começou com a criação da moeda social do bairro, a “Palmas”, que é equivalente ao real (1 Palmas = R$ 1). O banco se capitalizou inicialmente com doações de moradores e hoje tem 30 funcionários, realizando 1,3 milhão de Palmas em empréstimos mensais.

Quais os Benefícios dos Bancos Comunitários?

Melo salienta que o maior benefício de um banco comunitário é manter o dinheiro circulando dentro da comunidade, promovendo produtos e serviços locais. Isso ajuda a formar empresas locais e reduz a fuga de capital para grandes corporações.

Os bancos comunitários, junto com fundos rotativos solidários e cooperativas de crédito popular, compõem o Sistema Nacional de Finanças Solidárias no Brasil, sendo fundamentais para a inclusão financeira de populações marginalizadas.

  • Fomentação da economia local
  • Criação de postos de trabalho
  • Incentivo ao consumo local
  • Sistema de microcrédito alternativo
  • Plataforma digital E-dinheiro para serviços financeiros

O Futuro da Economia Solidária no Brasil

O Banco Palmas é hoje considerado uma das principais experiências de economia solidária no Brasil. Joaquim Melo continua a desenvolver iniciativas que ajudam as comunidades a serem mais autossuficientes, promovendo um modelo econômico mais justo e sustentável.

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