Descoberta enorme reserva de turmalina que vale milhões, mas é ruim de tirar
A mineração de turmalina no Afeganistão revela uma riqueza escondida em meio a um cenário de devastação e conflito. Com uma reserva estimada em 3 trilhões de dólares, essas pedras preciosas são uma fonte de grande valor, mas a extração é marcada por desafios extremos e perigos constantes.
No coração das montanhas afegãs, mineradores como Habibah, um veterano de 55 anos, enfrentam condições adversas. As operações ocorrem em túneis dinamitados e empoeirados, resultado de décadas de guerra. Habibah, líder de um grupo de mineradores experientes, percorre altitudes superiores a 3.000 metros, utilizando burros para transportar equipamentos e vivendo em condições severas por meses.
A mineração é dificultada por problemas como a falta de oxigênio, que é parcialmente resolvida com ventiladores que bombeiam ar fresco, e a constante inalação de poeira, que pode causar danos irreversíveis aos pulmões. Esses desafios são acentuados pela ameaça constante de insurgentes e pelo impacto de um mercado internacional relutante em negociar com o Afeganistão.
A falta de regulamentação e controle nas minas permitiu que o Talibã e outros grupos insurgentes lucrassem com o contrabando de turmalinas durante os conflitos, arrecadando até 20 milhões de dólares anuais. A retomada do controle pelo Talibã mantém o fluxo de recursos, enquanto mineradores como Habibah lutam para encontrar compradores para suas gemas.