Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começam nesta sexta-feira, 26 de julho, têm gerado debates sobre os custos e impactos para a cidade-sede. Estudos acadêmicos, como o do professor Alexander Budzier e Bent Flyvbjerg, da Universidade de Oxford, destacam que eventos olímpicos costumam ultrapassar o orçamento previsto.
Para Paris 2024, a estratégia envolveu a adaptação de estruturas existentes, como o Stade de France e o complexo de Roland Garros, e a construção de novas instalações, incluindo um ginásio para 8 mil pessoas e um parque aquático. A Vila Olímpica, composta por 72 edifícios na periferia de Saint-Denis, recebeu um investimento de US$1,63 bilhões, com a contratação de trabalhadores locais.
Embora o Comitê Olímpico Internacional (COI) estime um retorno econômico de €3,00 para cada €1,00 investido, o impacto real pode ser menor. O governo francês calcula um retorno de cerca de €10 bilhões, enquanto uma análise da S&P sugere um aumento modesto de 4,9% na arrecadação, devido ao já alto fluxo turístico em Paris.
Os custos de hospedagem e passagens aéreas dispararam, levando a uma baixa demanda e boas ofertas de última hora. O impacto econômico dos Jogos é questionado, considerando o alto custo e a demanda turística já existente.
Além disso, os Jogos costumam apresentar sobrecustos significativos. A média de sobrecusto para eventos olímpicos é de 159%, com o Rio de Janeiro apresentando os maiores desvios orçamentários entre os recentes jogos.