Segundo Caio Megale, economista-chefe da XP, apesar da recente volatilidade, o dólar não deve atingir valores próximos a R$6. Em entrevista ao Terra Economia, Megale reforça que “não achamos que vai para R$6”. Ele explica que a XP revisou sua projeção do dólar de R$5 para R$5,40, influenciada pela condução da política econômica brasileira, tanto fiscal quanto monetária.
O especialista alerta para os desafios econômicos, mencionando que “no momento em que as variáveis chegam em dúvida, meta fiscal do arcabouço, meta de inflação, a temperatura política subiu exacerbadamente”. Essas incertezas podem impactar a cotação do dólar, mas a XP não revisou sua projeção para R$5,70.
Megale também discute o impacto do câmbio na inflação, destacando que “esse cenário também deve alterar as projeções de inflação, dado que o dólar mais alto é inflacionário”. Quanto aos juros, ele prevê que “a barra está alta. Não estimamos uma nova alta mesmo que seja isso que está precificado no mercado futuro”.
O consenso de mercado, conforme o Boletim Focus, indica que o dólar deve encerrar 2024 em torno de R$5,20, com uma revisão recente das expectativas que antes apontavam para R$5,05. Para 2025, a projeção também é de R$5,20, marcando um aumento nas previsões consecutivas.
Portanto, segundo análise recente e projeções de especialistas, a expectativa é de que o dólar permaneça abaixo do patamar crítico de R$6, trazendo um alívio aos investidores e consumidores preocupados com a volatilidade cambial.