A mudança de nome de municípios no Brasil é um fenômeno que acontece por várias razões, incluindo motivações históricas, geográficas, legais e adaptações ortográficas. Segundo o IBGE, mais de 130 municípios tiveram suas nomenclaturas alteradas desde 1938. Este processo é muitas vezes impulsionado por plebiscitos populares, onde a população local vota para decidir o nome que representará sua cidade oficialmente.
Mudanças Recentes: Governador Edison Lobão e São Luiz
A cidade de Governador Edison Lobão, nomeada em homenagem a um ex-governador do Maranhão, passou a se chamar Ribeirãozinho do Maranhão após 83,8% dos eleitores optarem pela mudança. Esta decisão representa um desejo de destaque local, conectando-se mais intimamente com a geografia regional através do nome. Já em Roraima, São Luiz, o menor município do estado, escolheu adotar o nome São Luiz do Anauá. A escolha por ‘Anauá’ é uma referência direta ao rio que corta a região, refletindo a importância de elementos naturais nos nomes de cidades.
Por que os municípios trocam de nome?
As razões para a troca de nomes variam significativamente. Algumas cidades buscam corrigir erros históricos, enquanto outras desejam fortalecer a identidade cultural e geográfica local. Um fator essencial é a legislação que proíbe nomeações de locais públicos em homenagem a pessoas ainda vivas, impondo trocas após falecimentos ou reavaliações culturais. Além disso, fatores como erros ortográficos corrigidos ao longo do tempo também contribuem para as mudanças. Casos como esses podem vir a se repetir esse ano.
Casos Notáveis do Passado
O município de Campo Grande no Rio Grande do Norte é um exemplo de volta ao nome original após um plebiscito. Inicialmente chamado Augusto Severo, em homenagem ao inventor Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, a cidade optou em 2018 por retornar ao nome inicial de Campo Grande. Outro caso interessante é de Serra Caiada que, após ser chamado Presidente Juscelino, voltou ao nome inicial em 2012.
Na Paraíba, a cidade de Santarém mudou seu nome para Joca Claudino em 2010, reconhecendo um importante comerciante local. Isso demonstra a tendência de as cidades buscarem conexões pessoais e relevantes com a história e o contexto cultural local.