Elétricos podem sofrer com a mesma quantia de impostos que carros a gasolina
A proposta de Reforma Tributária em discussão na Câmara dos Deputados trouxe uma reviravolta no tratamento tributário dos veículos elétricos e híbridos. Originalmente planejada para taxar apenas carros a combustão conforme suas emissões de poluentes, a reforma agora inclui também os veículos elétricos e híbridos no chamado Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”.
Segundo o texto apresentado pelo grupo responsável pela redação do relatório, a medida visa equiparar a tributação desses veículos aos carros movidos a gasolina ou diesel. A justificativa se baseia no impacto ambiental associado desde a produção até o descarte das baterias dos veículos elétricos. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços recomendou a inclusão dos elétricos nesse imposto, argumentando que todos os tipos de veículos têm um custo ambiental significativo.
Essa decisão contrasta com as expectativas de incentivo à adoção de tecnologias mais limpas, como parte dos esforços do governo em promover a sustentabilidade. O programa Mover, recentemente implementado, busca incentivar maior eficiência energética e redução de emissões, mas a inclusão dos elétricos no Imposto Seletivo pode ser vista como um passo atrás nesse plano de descarbonização.
Os caminhões, por sua vez, foram excluídos dessa taxação adicional, considerando sua importância como meio de transporte de carga essencial para o país. A medida proposta na Reforma Tributária está em fase de discussão e poderá passar por alterações antes de uma eventual aprovação.
A inclusão dos veículos elétricos no mesmo patamar de impostos que os carros movidos a combustíveis fósseis levanta questões sobre o impacto futuro no mercado automotivo e nas políticas ambientais do país.