Elon Musk não pensa duas vezes, rasga acordo com a Casa Branca e muda tudo na Tesla
Elon Musk surpreendeu o setor automobilístico ao romper um acordo com a Casa Branca para que os carregadores de veículos elétricos da Tesla fossem compartilhados com outros fabricantes.
A decisão, anunciada por uma fonte próxima à empresa, gerou impacto negativo na agenda de veículos elétricos do presidente Joe Biden, comprometendo parte da estratégia de infraestrutura da administração.
O acordo, firmado no início de 2023, havia sido bem recebido pela Casa Branca como parte dos esforços para expandir a rede de carregamento de veículos elétricos nos Estados Unidos.
No entanto, a recente demissão de quase toda a equipe do Supercharger da Tesla sinaliza uma mudança de rumo. Entre os funcionários demitidos está Rebecca Tinucci, diretora sênior de carregamento de EVs, conhecida por seu papel em parcerias externas.
A decisão também pode prejudicar a campanha de reeleição de Biden. Donald Trump, provável candidato republicano, tem criticado veementemente os veículos elétricos, alertando para um “banho de sangue” na indústria automobilística se ele não for eleito.
O governo Biden está investindo US$7,5 bilhões para expandir a infraestrutura de carregamento de EVs por meio da Lei de Infraestrutura Bipartidária. O objetivo é criar uma rede nacional de meio milhão de carregadores, mas a saída da Tesla do acordo coloca essa meta em risco.
Karine Jean-Pierre, secretária de imprensa da Casa Branca, não comentou diretamente a decisão de Musk, mas ressaltou que a administração está comprometida com uma abordagem diversificada para a infraestrutura de carregamento.
Elon Musk afirmou que a Tesla agora se concentrará em maximizar a eficiência da rede existente, prometendo “100% de disponibilidade e expansão de locais existentes”.
No entanto, para os fabricantes de automóveis como General Motors, Ford Motor e Rivian Automotive, essa reviravolta da Tesla cria incertezas em um momento crítico para a indústria de veículos elétricos.