A OSX, remanescente do outrora vasto império de Eike Batista, enfrenta mais uma derrota judicial. A 42ª Vara Cível do Rio de Janeiro determinou que a empresa quite uma dívida de R$25 milhões com o Porto do Açu até esta sexta-feira. A quantia refere-se a aluguéis não pagos pela área ocupada no porto.
Caso o pagamento não seja realizado, a Justiça estabeleceu a penhora e avaliação dos bens da OSX como medida de ressarcimento, sem necessidade de nova ordem judicial. Essa decisão reflete a situação financeira crítica da empresa, que tenta desde janeiro convencer o Judiciário de que sua crise é temporária e de que merece uma segunda recuperação judicial.
A trajetória da OSX é marcada por dificuldades desde sua fundação. A empresa nunca conseguiu operar no azul e entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2013, pouco tempo após sua criação. Desde então, as dívidas só se acumularam, atingindo atualmente a soma de R$8 bilhões.
Além disso, a OSX não realizou nenhum pagamento referente à dívida principal ou aos aluguéis devidos. A situação agravou-se com a recente decisão judicial, que pressiona a empresa a solucionar parte de suas pendências financeiras.
O Porto do Açu, que cobra os aluguéis atrasados, desempenha um papel central nessa disputa. A falha da OSX em honrar seus compromissos financeiros não apenas prejudica suas operações, mas também afeta o relacionamento com o porto, um dos maiores complexos industriais e logísticos do Brasil.