A recente descoberta da mina Braúna no Sertão da Bahia, no Município de Nordestina, está transformando a região em um dos centros mais importantes da mineração mundial. Localizada a cerca de 10 km da cidade de Nordestina, próxima ao Rio Itapicuru, a mina é agora a maior jazida de diamantes do Brasil e da América Latina, destacando o país como um dos principais produtores e exportadores de diamantes do planeta.
Desde 2016, a mina Braúna é explorada pela Lipari Mineração Limitada, uma empresa canadense que investiu mais de 100 milhões de dólares no projeto. A mina, que opera a céu aberto, possui uma capacidade de produção anual impressionante de 340 mil quilates de diamantes, com uma vida útil estimada em pelo menos sete anos, totalizando quase meia tonelada de diamantes ao longo de sua operação.
A exploração da mina Braúna é particularmente eficiente devido à sua localização sobre um tubo de kimberlito, uma formação geológica de origem vulcânica que concentra diamantes. Esse tipo de depósito primário permite uma extração direta dos diamantes, diferente das fontes secundárias como rios e cascalhos. Durante a fase de pesquisa, entre 2014 e 2016, foram encontrados cerca de 2.500 diamantes de alta qualidade.
Com mais de 300 funcionários, a mina opera 24 horas por dia, processando até 2.000 toneladas de minério kimberlítico diariamente. A Lipari Mineração tem planos de aprofundar as pesquisas e explorar potencialmente a 260 metros de profundidade, transformando a mina em uma operação subterrânea no futuro.
A descoberta da mina Braúna representa um marco significativo para o Brasil, posicionando o país no cenário global da produção de diamantes. Além de impulsionar a economia local, essa mina abre novas possibilidades de exploração em outras regiões brasileiras, consolidando a importância do setor de mineração no desenvolvimento nacional.