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Família de Nicolás Maduro teria desviado 180 milhões de dólares

Em 2018, uma acusação envolvendo a família do presidente venezuelano Nicolás Maduro ganhou destaque com a revelação de que enteados de Maduro teriam desviado mais de 180 milhões de dólares para contas secretas. A informação foi destacada em um acordo de delação premiada firmado pelo ex-banqueiro suíço Matthias Krull com o Departamento de Justiça dos EUA.

Krull, que trabalhou para o banco suíço Julius Baer, admitiu sua participação em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado à corrupção na Venezuela. De acordo com o acordo, o ex-banqueiro ajudou a movimentar aproximadamente 1,2 bilhão de dólares em um esquema envolvendo desvios de fundos da estatal petrolífera venezuelana, PDVSA.

O Departamento de Justiça dos EUA revelou que Krull atraía clientes privados, incluindo figuras venezuelanas ligadas ao governo, como Francisco Convit Guruceaga, indiciado por lavagem de dinheiro. Entre os clientes de Krull estavam também outros três venezuelanos, identificados como enteados de Maduro. Seus nomes permanecem em sigilo, mas fontes confirmam que se referem a pessoas próximas ao presidente.

O impacto do suposto desvio é significativo, superando em quatro vezes o valor que a ONU solicita para ajudar refugiados venezuelanos em oito países da América Latina. Desde o agravamento da crise na Venezuela, cerca de 300 mil venezuelanos buscaram asilo no exterior, e 2,3 milhões deixaram o país.

O banco Julius Baer, onde Krull trabalhava, declarou estar conduzindo investigações internas e colaborando com as autoridades competentes em resposta às alegações. O caso continua em andamento, e as investigações buscam esclarecer a extensão total do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

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