É confirmado um feriado estadual em São Paulo no dia 9 de julho. Desde 5 de março de 1997, a data é celebrada em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, um marco histórico para o estado e para o Brasil.
A Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma resposta dos paulistas ao autoritarismo do golpe de 1930, que inaugurou a era de Getúlio Vargas. Em 3 de novembro de 1930, Vargas assumiu o Governo Provisório, encerrando a República Velha e sua famosa política do café com leite, que privilegiava as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. A demora de Vargas em convocar uma Assembleia Constituinte, o fechamento do Congresso Nacional e a nomeação de interventores geraram insatisfação em São Paulo.
O estopim da revolta foi a morte dos jovens Martins, Miraguaia, Dráuzio e Camargo em 23 de maio de 1932, durante confronto com forças federais. Em 9 de julho, os paulistas se armaram contra o governo, somando 35 mil soldados contra 100 mil varguistas. Após quase três meses de conflito, em 1° de outubro de 1932, os paulistas se renderam. Oficialmente, 934 pessoas morreram, mas estimativas extraoficiais indicam cerca de 2.200 mortos.
Em memória à Revolução, a sede do Parlamento Paulista, construída em 1968 em frente ao Parque do Ibirapuera, foi nomeada Palácio 9 de Julho. Ao lado, o Mausoléu aos Heróis de 32 (Obelisco do Ibirapuera) homenageia os estudantes e soldados mortos. A Constituição Estadual de São Paulo também foi promulgada em 9 de julho de 1935, reforçando a importância da data.
No feriado, escolas e repartições públicas estarão fechadas. Empresas privadas, conforme a CLT, devem negociar folga ou oferecer remuneração dobrada aos que trabalharem no dia.