Forjar a própria morte e dar golpe de R$ 1 bilhão: Suspeito é dono de imobiliária no litoral de SC
Em um cenário cada vez mais volátil do mercado de investimentos, surge um novo escândalo na Grande Florianópolis. A empresa VR Brasil Patrimonial, com sede em São José, está sendo investigada por um suposto golpe que teria desviado quase R$ 1 bilhão dos cofres de seus investidores. A repercussão do caso gerou alarme entre os participantes do mercado imobiliário e financeiro.
O Ministério Público de Santa Catarina está conduzindo a investigação em sigilo para apurar as complexas transações que levaram ao suposto esquema fraudulento. A VR Brasil, conhecida por alocar recursos em cotas imobiliárias, prometia rendimentos atraentes aos seus cotistas, o que agora se revela uma promessa vazia para muitos dos envolvidos.
Como Surgiu a Suspeita do Golpe?
O alarme foi disparado após muitos investidores começarem a reportar a falta de retorno financeiro prometido, apesar das altas quantias investidas. Os investidores, que contribuíam com valores que variavam entre R$ 10 mil e R$ 30 mil mensais, foram pegos de surpresa com a situação alarmante da companhia. No total, cerca de 2.240 investidores alegam ter sido prejudicados pela empresa.
Qual a Relevância da Morte do Proprietário no Caso?
A complexidade do caso foi acentuada após a morte de Márcio Ramos, o único sócio administrador da VR Brasil, em um acidente de moto em maio deste ano. Embora a polícia descarte a hipótese de uma morte forjada, surgiram especulações sobre a possibilidade de fraude associada ao seu falecimento. Esta situação precipitou um caos administrativo e jurídico, agravando a crise na empresa.
Quais são os Desdobramentos Atuais do Caso?
Diante da gravidade da situação, foi instaurado um processo de recuperação judicial pela empresa, na tentativa de reestruturar dívidas e organizar as finanças. O advogado Ângelo Coelho, representante da VR Brasil, tem publicado cartas abertas aos investidores, tentando garantir alguma forma de segurança através de empreendimentos ainda não concluídos que prometem algum retorno financeiro.
- BSB – Bombas Summer Beach, Bombinhas: Valor Geral de Vendas de R$ 260 milhões.
- Hotel Termas do Tabuleiro, Santo Amaro da Imperatriz: Valor Geral de Vendas de R$ 746,5 milhões.
Esses empreendimentos são propostos como garantia para o pagamento de dívidas, embora ainda dependam da aceitação dos credores e da validação judicial. A proposta precisa ser aceita por pelo menos um terço dos investidores prejudicados para seguir adiante.