Os preços da gasolina e do gás de cozinha foram reajustados pela Petrobras na última terça-feira (9), para as distribuidoras. Apesar do aumento, os valores ainda ficam abaixo dos praticados no mercado internacional. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) revelou que os novos preços da estatal ainda apresentam defasagem média de R$ 0,34 por litro.
Dessa forma, com o aumento de R$ 0,20 por litro, a gasolina passa a custar R$ 3,01 por litro, com incremento de 7,11%. Já o gás de cozinha, com aumento de R$ 3,10, chega a R$ 34,70 por botijão de 13kg, uma alta de 9,6%.
Políticas da Petrobrás
Em 2023, a Petrobras seguia a política de paridade de importação (PPI), ajustando preços com base em fatores como a cotação do dólar e o preço do petróleo. Entretanto, essa política foi abandonada para suavizar a flutuação dos preços no mercado interno.
Essa promessa foi feita na campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a nova política, a alteração dos preços é permitida apenas quando necessário, evitando repasses imediatos das variações internacionais.
Petrobras precisa praticar preços internacionais?
Os críticos argumentam que a Petrobras deve praticar preços internacionais para manter a competitividade e evitar prejuízos, apesar da nova estratégia evitar picos abruptos nos preços.
A gasolina, por exemplo, foi o item com maior peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023, influenciado também pela reoneração dos combustíveis, que teve alta de 12,09%.
Petrobras segura reajustes
A empresa nacional tem segurado os reajustes, levando cerca de um mês para repassar os aumento do mercado internacional, mas reduz os preços mais rapidamente quando há queda. Desde a última alteração, a gasolina teve uma redução de R$ 0,17 por litro, e o GLP não sofria ajustes desde julho de 2023.
Com o novo aumento, a expectativa é de que haja um impacto de 2,50% nos preços da bomba para o consumidor e no IPCA de julho, segundo os cálculos da Warren Investimentos.