Os trabalhadores dos municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas enchentes terão uma série de benefícios para ajudar na recuperação financeira. O governo federal anunciou a ampliação do seguro-desemprego, o saque especial do FGTS e a antecipação do abono salarial do PIS para amenizar o impacto das chuvas.
Quem está recebendo o seguro-desemprego poderá contar com duas parcelas extras para se manter enquanto busca um novo emprego. Se o trabalhador já tem direito ao máximo de cinco parcelas, receberá mais duas. Para quem recebe três parcelas, o governo também garantirá duas adicionais.
Além disso, os trabalhadores dessas regiões poderão retirar até R$6.220 de suas contas do FGTS através do chamado “saque calamidade”. Esse valor deve ser utilizado para cobrir despesas essenciais após o desastre.
As empresas que operam nos municípios atingidos pelas enchentes terão uma pausa temporária na contribuição para o FGTS. A obrigação de recolher a taxa de 8% ficará suspensa por quatro meses, ajudando a aliviar a carga financeira para os empregadores.
Outro apoio aos trabalhadores é a antecipação do abono salarial do PIS, que será pago antes do calendário normal. O benefício equivale a um salário mínimo e está destinado a quem possui carteira assinada e ganha até dois pisos salariais, atualmente fixados em R$2.824.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, explicou que essas medidas representam um investimento de R$2,9 bilhões, mas parte do valor será recuperada quando as contribuições ao FGTS forem retomadas. Para implementar essas ações, o governo deve editar uma medida provisória, permitindo também que trabalhadores que já sacaram o FGTS no ano passado possam fazê-lo novamente.
Essas iniciativas são parte do esforço do governo para apoiar as pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, oferecendo suporte financeiro para quem perdeu bens e emprego durante a calamidade.