O governo do presidente Lula está planejando um aumento significativo nos salários dos servidores públicos, com um reajuste total de 19%. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, reiterou que não há previsão de reajuste para este ano, devido ao impacto do aumento linear de 9% autorizado em 2023 no orçamento de 2024.
Segundo a ministra, o aumento de 19% se deve ao reajuste sobre o reajuste concedido no ano anterior. Isso significa que, com a previsão de 4,5% de aumento para cada ano em 2025 e 2026, sobre um salário já reajustado, chega-se a esse percentual.
No entanto, as negociações com os servidores públicos federais estão em andamento. O governo propôs aumentos em auxílios como alimentação, saúde e creche, além de abrir negociações separadas por categorias para eventuais aumentos salariais. O objetivo é evitar paralisações e greves no funcionalismo público.
A falta de prazo para o fim das negociações preocupa algumas entidades representativas dos servidores. Rudinei Marques, presidente do Fórum das Carreiras de Estado, alertou que a ausência de um prazo definido pode ampliar os movimentos de paralisação no país.
A equipe econômica do governo precisa lidar com o arcabouço fiscal, que estabelece um limite máximo de aumento real de 2,5% para os gastos públicos a cada ano. Isso significa que todas as pressões por despesas devem ser acomodadas dentro desse teto.
Esther Dweck ressaltou que as negociações não são tão rápidas quanto as categorias gostariam, devido às análises detalhadas sobre o impacto orçamentário. No entanto, o governo se comprometeu a abrir todas as mesas de negociação até julho deste ano, buscando encontrar soluções que atendam tanto aos servidores quanto à saúde fiscal do país.