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Governo toma atitude drástica e milhares de brasileiros perdem o Bolsa Família

Em um balanço anual do programa Bolsa Família, foi identificado que quase 840 mil titulares tiveram seus benefícios cancelados devido a inconsistências nos cadastros. O pente-fino, que impôs um recadastramento aos beneficiários em 2023, visou corrigir distorções no Cadastro Único (CadÚnico), a porta de entrada para programas sociais do governo federal.

Em janeiro de 2023, cerca de 21,9 milhões de domicílios eram atendidos pelo Bolsa Família. No entanto, ao final do ano, esse número reduziu para pouco mais de 21 milhões, representando uma queda significativa de aproximadamente 840 mil famílias beneficiadas.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), as principais razões para o cancelamento foram as inconsistências nos cadastros, abrangendo aspectos como renda e composição familiar.

Entenda sobre o corte do Bolsa Família

O pente-fino, que ocorreu entre os meses de março e dezembro do ano anterior, resultou na exclusão de 8.423.205 beneficiários do programa Bolsa Família. 

Dados fornecidos via Lei de Acesso à Informação revelam que a ausência de movimentação ou saque do benefício, desatualização cadastral, prestação de informações incorretas e renda acima da declarada foram os principais motivos para o desligamento dos beneficiários.

O público-alvo principal do programa de recadastramento foram as famílias unipessoais, compostas por apenas uma pessoa. Os sistemas indicaram que essas pessoas possuíam renda superior ao limite permitido de R$ 218 por pessoa. 

Essa medida resultou não apenas no cancelamento do Bolsa Família, mas também na exclusão de muitos desses grupos de outros programas sociais acessados por meio do CadÚnico. 

A desatualização cadastral também foi destacada, com a regra exigindo que o processo seja realizado obrigatoriamente a cada dois anos ou sempre que houver mudança na família.

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