O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou um estudo que reforça a proposta de retorno do horário de verão no Brasil. Publicado na última segunda-feira (23), o levantamento foi apresentado ao governo federal e estima uma economia de até R$ 1,8 bilhão por ano com a mudança nos relógios.
Segundo o ONS, a principal vantagem seria a redução do uso das usinas termelétricas, que têm um custo elevado para o sistema energético. A estimativa é que o horário de verão ajude a diminuir em cerca de 2 GW (gigawatts) a demanda de energia nos horários de pico, como no início da noite. Esse volume de energia economizada refletiria diretamente no valor gasto com as termelétricas.
O órgão também destaca que a economia projetada está baseada nos preços atuais da energia termelétrica no Brasil, tornando o retorno do horário de verão ainda mais viável no contexto econômico atual.
Além disso, o estudo aponta que o horário de verão poderia melhorar a eficiência do sistema elétrico, especialmente entre 18h e 20h. Nesse intervalo, o consumo de energia nas residências aumenta, enquanto a oferta de energia solar diminui. A mudança nos horários ajudaria a equilibrar melhor essa demanda, diminuindo o impacto nos custos de geração.
O governo ainda avalia o retorno do horário de verão, que foi abolido em 2019, mas os dados apresentados pelo ONS reforçam a viabilidade financeira da medida como uma solução para conter os gastos com energia.