O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou o retorno do horário de verão no Brasil, medida que deixou de ser aplicada em 2019. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na última quinta-feira (19) que a proposta será discutida com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e uma decisão deve ser tomada nos próximos 10 dias.
Apesar da recomendação, Silveira afirmou que ainda não está convencido sobre a necessidade de reimplantar a medida. A decisão será embasada em estudos técnicos e evidências científicas.
Caso o horário de verão retorne em 2024, ele seguirá o padrão anterior, estabelecido pelo Decreto nº 6.558. Isso significa que começaria à 00h do primeiro domingo de novembro e terminaria à 00h do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. Se coincidir com o carnaval, o fim seria adiado para o domingo seguinte.
O horário de verão foi adotado pela primeira vez em 1931 e tornou-se uma medida fixa em 2008. Seu objetivo era economizar energia ao adiantar os relógios em uma hora, aproveitando mais a luz natural. No entanto, em 2019, o governo de Jair Bolsonaro suspendeu a medida, argumentando que ela não surtia mais efeito devido às mudanças nos hábitos de consumo de energia.
O ONS estima que o retorno do horário de verão pode gerar uma economia de R$ 400 milhões, reduzindo o acionamento de usinas térmicas e hidrelétricas. A entidade também apontou que o horário de pico de consumo mudou e que a maior demanda agora ocorre no início da manhã, sem impacto no período da tarde.