IA vai substituir os empregos futuramente? 3 em cada 4 acreditam que sim
As apreensões em relação à inteligência artificial ganham destaque no cenário profissional brasileiro, revela pesquisa da Page Interim. O levantamento envolveu 5.354 profissionais da América Latina, apontando que 76,6% dos respondentes no Brasil acreditam que a IA irá substituir seus empregos.
Os motivos subjacentes a essa inquietação incluem preocupações com desemprego, privacidade e segurança de dados. O avanço tecnológico, principalmente nas empresas que apostam na IA em setores estratégicos, levanta questionamentos sobre o impacto na oferta de vagas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) contribui para a discussão, indicando que quase 40% dos empregos em todo o mundo podem ser afetados pela IA, com potencial para aumentar a desigualdade. O Brasil, enquanto emergente, não escapa das previsões globais, mas a fatia de 32,1% ainda acredita no potencial benéfico da tecnologia.
Além do desemprego, a pesquisa da Page Interim destaca a falta de julgamento humano e intuição como fatores preocupantes para profissionais no Brasil, Panamá, México e Peru. Entretanto, a diretora da Page Interim, Victoria Quintella, sugere que a IA não apenas revoluciona a interação com a tecnologia, mas também cria novas oportunidades no mercado de trabalho.
Contradizendo a visão alarmista, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) aponta que a substituição de empregos por robôs pode não ser iminente. A pesquisa revela que apenas cerca de 23% dos salários pagos a humanos para trabalhos potencialmente automatizáveis seriam economicamente atrativos para os empregadores optarem pela automação.
Embora 3% considerem exageradas as preocupações com a IA, e 3,4% permaneçam indecisos, a discussão sobre o impacto da inteligência artificial nos empregos ganha relevância, destacando a necessidade de equilibrar o avanço tecnológico com a preservação de oportunidades de trabalho.