Islândia está mesmo pagando R$15 mil para homens se casarem com mulheres do país?
Um suposto comunicado do governo islandês agitou as redes sociais recentemente, prometendo pagamentos generosos para estrangeiros que se casassem com cidadãs do país nórdico. O anúncio, amplamente divulgado em junho, alegava que o programa tinha como objetivo incentivar o crescimento populacional, citando uma suposta escassez de homens em relação às mulheres.
No entanto, a veracidade dessa proposta foi posta em dúvida rapidamente. Um artigo publicado pelo site de notícias islandês Gravine desmentiu a iniciativa governamental, apontando que não há justificativa real para lançar tal programa.
Os dados oficiais do governo islandês revelam que, na verdade, há uma ligeira maioria masculina na demografia do país. Com uma proporção de 1.007 homens para cada 1.000 mulheres, a Islândia não enfrenta uma crise de escassez de homens como sugerido pelo suposto comunicado.
A discrepância entre a realidade demográfica e as alegações do comunicado levanta questões sobre sua origem e motivação. Enquanto algumas mulheres islandesas expressaram desconforto com a enxurrada de convites recebidos nas redes sociais, o governo permaneceu em silêncio sobre o assunto, sem confirmar ou negar oficialmente a existência do programa.
Apesar do frenesi midiático gerado pelo suposto incentivo financeiro, os fatos mostram que a Islândia não está, de fato, pagando R$15 mil por mês para homens se casarem com suas cidadãs. Ao contrário, a nação nórdica parece estar longe de enfrentar uma crise populacional que justifique medidas tão drásticas.