Itaú pode liberar pagamento de R$14 bilhões este ano
O banco Itaú planeja liberar um pagamento extraordinário de R$14 bilhões em dividendos até o final deste ano, impulsionado por seu excedente de capital e embasado em índices financeiros sólidos, segundo informações da XP. A medida elevaria seu payout para quase 70%, gerando um dividend yield de 9% e reforçando a reputação do banco em gerenciar eficientemente seus níveis de capital.
Os planos para esse desembolso monumental estão relacionados ao excedente de capital que o banco detém em seu balanço. Embora o CEO do Itaú, Milton Maluhy, tenha confirmado a intenção de distribuir esses dividendos, a decisão final permanece sob análise do conselho, especialmente considerando as implicações da nova norma do Banco Central sobre Risco Operacional.
Essa regulamentação, aguardada pelo mercado financeiro, está prevista para entrar em vigor entre 2025 e 2028 e aumentará as exigências de capital dos bancos. Contudo, o alívio vem com o planejamento de um faseamento dessa norma ao longo de três anos, reduzindo a pressão imediata sobre os bancos em 2025.
A análise da XP com base nos dados do terceiro trimestre revela índices sólidos de capital para o Itaú, incluindo um índice de capital principal (CET 1) de 13,1%, um índice de capital Nível 1 (Tier 1) de 14,6% e um índice Basileia de 16,3%. Com base nesses números e nas declarações do CEO, a corretora acredita que o banco tem potencial para realizar esse pagamento extraordinário.
A reputação do Itaú em administrar seus níveis de capital de forma prudente, juntamente com seu histórico de manter uma média de payout de 74,7% entre 2017 e 2019, reforça a perspectiva favorável para essa distribuição adicional de dividendos este ano. Essa postura cautelosa dos executivos do banco continua a alimentar a confiança dos analistas na possibilidade desse pagamento bilionário.