Jovens não tem vergonha e levam pais para entrevista de emprego, entram até na reunião
Uma tendência preocupante está chamando a atenção nos processos de seleção de emprego: jovens que chegam acompanhados dos pais, e em alguns casos, os progenitores não apenas os levam até o local da entrevista, mas também participam ativamente do processo.
Segundo dados da consultoria McKinsey, 40% dos jovens da Geração Z afirmam que pelo menos um dos pais os acompanhou em uma entrevista de emprego presencial. Destes, quase 30% relatam que o pai ou a mãe entrou na sala e, em 20% dos casos, até se apresentou ao entrevistador.
Para muitos recrutadores, essa prática reflete uma geração superprotegida e dependente, na qual os pais assumem o papel de porta-vozes dos filhos, intervindo nas entrevistas e até respondendo por eles. Essa postura, embora seja movida por boas intenções, pode criar uma impressão negativa sobre a independência e capacidade dos candidatos.
Além das entrevistas presenciais, a presença dos pais também se estende ao ambiente online, onde muitos foram testemunhas de progenitores acompanhando ativamente os filhos durante entrevistas via Zoom. Essa situação não apenas causa desconforto para os candidatos, mas também interfere na dinâmica da entrevista.
Os motivos para essa superproteção são variados, desde o medo de golpes ou sequestros até o desejo de garantir o melhor desempenho possível para os filhos. No entanto, os especialistas alertam para os efeitos colaterais, incluindo problemas de socialização e dificuldades de tomada de decisão na vida adulta.
A interação social é crucial para o desenvolvimento saudável dos jovens, e a superproteção dos pais pode prejudicar esse aspecto, resultando em adultos com dificuldades de se relacionar tanto pessoal quanto profissionalmente. Portanto, é fundamental encontrar um equilíbrio entre oferecer apoio e permitir que os jovens desenvolvam sua independência e confiança.