Lula coloca apenas uma condição para começar a retirar 10 bilhões de barris de petróleo da Amazônia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em junho de 2024 que a exploração de petróleo pela Petrobras na Margem Equatorial da Amazônia deverá ser feita “respeitando o meio ambiente” e sem desperdiçar a chance de fazer o país crescer. “Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo, mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse país crescer”, declarou Lula.
Em maio de 2023, o Ibama negou um pedido de autorização para a Petrobras perfurar um poço de petróleo no litoral do Amapá, na área da Bacia da Foz do Amazonas. O órgão ambiental justificou que o pedido não continha garantias suficientes para o atendimento à fauna em possíveis acidentes de derramamento de óleo.
Segundo Sérgio Sacani, geofísico e youtuber, a Petrobras planeja perfurar poços a cerca de 500 quilômetros da foz do Amazonas. Estudos de correntes marítimas sugerem que, em caso de vazamento, o óleo não alcançaria a foz, minimizando riscos ambientais. No entanto, o Ibama mantém a resistência em autorizar as perfurações, citando riscos ecológicos.
Em maio de 2023, Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, apresentou à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados a estimativa de extração de 10 bilhões de barris de petróleo na foz do Amazonas. Silveira destacou a importância dessa exploração para o futuro energético do Brasil.
A produção do pré-sal, fundamental para a economia brasileira, deverá entrar em declínio a partir de 2027. Sem novas reservas, o Brasil poderá precisar importar petróleo, com o pré-sal previsto para se esgotar completamente até 2050.
A declaração de Lula reforça a dualidade entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, apontando para um futuro em que ambos os objetivos possam ser equilibrados.