Lula e Haddad querem que motorista de aplicativo pague 26,5% de imposto
Uma proposta de reforma tributária apresentada recentemente na Câmara dos Deputados pode transformar radicalmente a realidade dos motoristas de aplicativo no Brasil. Até então isentos do ISS, esses profissionais enfrentam a imposição de novos impostos que podem reduzir significativamente sua renda.
O projeto, que visa instituir o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), estabelece uma alíquota de 26,5% sobre os ganhos brutos dos motoristas. Esse percentual não leva em conta as despesas operacionais básicas como combustível, seguro e manutenção do veículo, o que pode diminuir drasticamente a renda líquida dos trabalhadores.
Segundo análises preliminares, estima-se que, após descontar todas as despesas, os motoristas poderão reter apenas entre R$13 e R$33 de cada R$100 ganhos. Essa perspectiva tem gerado preocupação entre os profissionais do setor, que veem na proposta um potencial desestímulo para continuar na atividade.
Além do impacto direto na renda dos motoristas, a reforma tributária levanta questões sobre o futuro da oferta de serviços de transporte por aplicativo. A possível necessidade de ajustes nos preços das corridas para compensar os novos custos tributários poderia afetar também os usuários, fechando um ciclo que pode não ser favorável para nenhuma das partes envolvidas.
Diante dessas mudanças iminentes, é crucial um debate amplo e informado sobre os impactos econômicos e sociais dessa proposta. Motoristas, usuários e legisladores precisam estar atentos ao processo legislativo para garantir que qualquer alteração no sistema tributário seja equilibrada e justa para todos os envolvidos.