Lula falou novamente sobre explorar petróleo em local maior que o Pré-Sal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua posição sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, destacando que o Brasil não tomará medidas imprudentes na área, localizada na foz do Rio Amazonas. Em entrevista concedida nesta terça-feira (23) em Brasília, Lula garantiu que qualquer atividade será precedida de rigorosas avaliações ambientais, desconsiderando as críticas de ambientalistas.
Lula enfatizou a importância estratégica do petróleo para financiar a transição energética do país, especialmente considerando a proximidade com países como Guiana Francesa e Suriname, que já exploram recursos semelhantes. O presidente ressaltou que o Brasil precisa explorar suas reservas para não perder terreno para os concorrentes e afirmou que a Petrobras, com seu histórico de operações offshore, é confiável.
No entanto, a Petrobras enfrenta um impasse com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que resiste a autorizar as perfurações devido aos riscos ecológicos. A presença de um recife de corais, descoberto em 2016 e estendendo-se da Guiana Francesa até o Maranhão, é uma das principais preocupações, pois possui características que o tornam particularmente vulnerável.
Enquanto isso, defensores da exploração apontam que a descoberta de petróleo poderia trazer grandes benefícios econômicos para o estado do Amapá, potencialmente transformando sua economia e gerando significativos royalties. No entanto, a instalação de infraestrutura necessária para a exploração poderia acarretar impactos ambientais e sociais, como desmatamento e pressão sobre recursos locais.
A Petrobras continua realizando simulações e estudos para garantir a viabilidade e segurança da perfuração. A decisão final dependerá de uma análise cuidadosa dos impactos ambientais, sociais e econômicos, destacando a necessidade de um debate amplo e informado sobre o futuro do projeto.