Após uma década desde sua criação, o Programa Mais Médicos retorna à cena nacional, agora sob a gestão do presidente Lula, trazendo consigo mudanças substanciais e um olhar renovado sobre a saúde pública no Brasil.
Em 2023, o programa registrou um expressivo número de inscrições, revelando um perfil diferenciado de participantes. Médicos brasileiros, com uma média de idade superior à habitual no país, juntamente com profissionais formados no Paraguai, lideraram as adesões, sinalizando uma diversificação no corpo médico participante.
O processo de participação nesse retorno do Mais Médicos envolve um rigoroso Módulo de Acolhimento e Avaliação de Médicos (MAAv), seguido por uma avaliação definitiva após 30 dias. Esta última etapa, marcada pelo início do curso para mais de 3.400 médicos, concentra-se em temas cruciais como atenção primária, ética médica e o tratamento de doenças comuns, incluindo câncer, diabetes e tuberculose.
Uma das principais alterações é a abertura para médicos brasileiros formados no exterior, possibilitando sua participação por quatro anos sem a obrigatoriedade de revalidação de seus diplomas, desde que possuam registro para atuar no país de formação. Essa inclusão amplia o espectro de atuação do programa, ampliando sua capilaridade e eficácia.
Desde sua inauguração, o Mais Médicos passou por diferentes fases, incluindo a saída dos médicos cubanos em 2018 e a subsequente criação do programa “Médicos pelo Brasil”, que não preencheu todas as vagas disponíveis. Ao longo do tempo, o Mais Médicos impactou positivamente a saúde nacional, contribuindo para a redução das taxas de mortalidade infantil e materna, além de incrementar em 36% o número de consultas médicas realizadas.
Com um investimento significativo que cresceu para R$ 1,9 bilhão em 2023 e com planos de chegar a R$ 4,4 bilhões em 2024, o programa expande-se para formar médicos de família e comunidade, visando alcançar a marca de 100 mil profissionais titulados nessa especialidade em uma década.
O retorno do Mais Médicos sob a liderança de Lula delineia uma nova era na saúde pública brasileira, promovendo uma abordagem abrangente e inclusiva para atender às demandas crescentes do sistema de saúde do país.