Mais de 20 mil empresas brasileiras migraram para o Mercado Livre de Energia em 2024
Mais de 20 mil empresas brasileiras migraram para o mercado livre de energia entre janeiro e outubro de 2024, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse número é quase três vezes maior do que o registrado em todo o ano de 2023, quando 7.397 empresas aderiram ao modelo.
O perfil das empresas migrantes é composto majoritariamente por pequenos e médios negócios, como padarias, supermercados e farmácias, que optaram por contratos no modelo varejista. Nesse formato, as empresas compram energia de comercializadores, que as representam no mercado e auxiliam na gestão diária das operações.
Este é o primeiro ano em que consumidores do grupo A (média e alta tensão) têm acesso ao mercado livre, anteriormente disponível apenas para grandes indústrias. A adesão ao mercado livre oferece aos consumidores a liberdade de escolher seu fornecedor, negociar preços e condições, além de selecionar a fonte de energia desejada.
Segundo especialistas, a migração traz uma economia significativa, com empresas reduzindo seus custos de energia em até 30%. Esse modelo também permite maior previsibilidade nos gastos e a escolha de fornecedores de energia renovável, o que beneficia setores preocupados com a sustentabilidade.
São Paulo lidera o ranking de migrações, seguido por Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Entre os setores, comércio e serviços concentraram quase 50% das adesões, seguidos por manufaturados e indústria alimentícia.
Em média, o processo de migração leva de seis a oito meses e inclui análise de viabilidade, adequação técnica e negociação de contratos personalizados.